quarta-feira, 22 de junho de 2011

de madrugada, olha o que saiu mas dá um desconto

madrugada, chove, noite escura e gelada,
silêncio, só a chuva no telhado e meus pensamentos agitados,
estou sozinho, onde foram todos, dormindo,
a rua emudeceu, foram embora do mundo,
será para outro lugar, planeta, sistema solar,
não sei, mas seus pensamentos e palavras, já não preenchem o ar,
fiquei só eu acordado, vivendo e não sonhando.
percebo quanto espaço sobra , com todo o mundo dormindo,
meu pensamento voa livre, sem ninguém para calá-lo,
ou para se importar com o que falo,
as vezes, no silêncio da madrugada é que novas vozes são escutadas,
penso coisas que não fiz, que fiz, coisas que gostaria de fazer,
coisas que vi e que não vi, mas que tinha que conhecer,
ouço idéias sãs e malsãs, idéias que não tive antes,
percebo que, escutando a madrugada, ouço palavras que antes, nem sonhava

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