quinta-feira, 28 de abril de 2011

Vou arriscar um verso, sobre o despertar da preocupação com o meio ambiente

Era  moleque, era guri,
fazia dos campos seu quintal,
caçava pássaros, corria nos pastos,
achava que tudo podia,

Roubava as frutas da vizinha, 
nas colônias, as melancias,
pensava que culpa a ele, não cabia,
queria festa e alegria,

Tudo bem, moleque de rua,
fazem sempre suas diabruras,
até certo ponto,sei lá,
talvez passe com a idade,
que chegue logo a madura,

Na verdade,
pensava que não era maldade,
fazer estas molecangens,
antes da mocidade,

Mas como nada é em vão,
certo dia o piá, teve uma pesada lição,
num instante de ação, atirou,
e ficou com a bodoca na mão,

Toda floresta parou,
para ver a João de Barro despencar,
deixando um ninho para rebocar,
e filhotes a piar,

Fez um barulho surdo no chão,
a natureza perdeu e murchou,
e o coração do guri,
por dentro sangrou,

Descobriu que o João,
o de Barro, era um ser vivo de fato,
não pediu para nascer, mas gostava de viver,
cuidava seus filhotes, e cantava pra valer,

E que motivo não tinha,
para calar tão bela criatura,
que para a providência convinha,
que estivesse ali, a enfeitar nossas vidas.

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