sábado, 25 de junho de 2011

quarta-feira, 22 de junho de 2011

de madrugada, olha o que saiu mas dá um desconto

madrugada, chove, noite escura e gelada,
silêncio, só a chuva no telhado e meus pensamentos agitados,
estou sozinho, onde foram todos, dormindo,
a rua emudeceu, foram embora do mundo,
será para outro lugar, planeta, sistema solar,
não sei, mas seus pensamentos e palavras, já não preenchem o ar,
fiquei só eu acordado, vivendo e não sonhando.
percebo quanto espaço sobra , com todo o mundo dormindo,
meu pensamento voa livre, sem ninguém para calá-lo,
ou para se importar com o que falo,
as vezes, no silêncio da madrugada é que novas vozes são escutadas,
penso coisas que não fiz, que fiz, coisas que gostaria de fazer,
coisas que vi e que não vi, mas que tinha que conhecer,
ouço idéias sãs e malsãs, idéias que não tive antes,
percebo que, escutando a madrugada, ouço palavras que antes, nem sonhava

Milton Guedes "Careless Whisper"---para o fim do dia

Se Eu Quiser Falar Com Deus - Elis Regina - Capela---inesquecível

domingo, 19 de junho de 2011

ASOKA, um monarca que promoveu o bem

Conhecemos muitos imperadores, reis, monarcas que se tornaram famosos pela suas conquistas, pelas guerras que lutaram, como César de Roma, Alexandre o Grande, Gengis Kang dos mongóis etc... Mas para quem gosta de história, como eu, vai achar outros mandatários dignos de nota; não por suas conquistas, mas por suas ações que ajudaram a melhorar a humanidade. Asoka foi um deles. Segue pesquisa :

"Asoka, que foi provavelmente o monarca mais importante da história da Índia, era o terceiro da dinastia dos Maurya e neto de seu fundador, Chandragupta Maurya, o líder militar indiano que conquistou a maior parte do norte da Índia e estabeleceu o primeiro império significativo na história do país."
"Tendo subido ao trono em trono de 273 a.C., logo seguiu os passos de seu avô: tentou aumentar  o território pelas forças das armas. No oitavo ano de seu reinado, terminou uma guerra bem sucedida contra Kalinga, um estado da Índia. Quando percebeu o terrível custo de seu triunfo em termos de vidas humanas, ficou perplexo. Haviam sido mortas cem mil pessoas, e feridas muitas mais. Chocado e arrependido, Asoka decidiu não completar  a conquista militar da Índia, renunciando a qualquer ação agressiva. Adotou o budismo como filosofia religiosa e tentou praticar as virtudes do dharma, que incluem a verdade, a misericórdia e a não-violência."
"No plano pessoal, Asoka desistiu de caçar e tornou-se vegetariano; de maior significado, entretanto, foram suas políticas humanitárias. Estabeleceu hospitais e abrigos para os animais, atenuou muitas leis rígidas, construi estradas e implementou a irrigação. Indicou funcionários especiais do governo, os oficiais dharma, para instruir o povo em piedade  religiosa e estimular relacionamentos humanos amistosos. Embora todas as religiões fossem toleradas em seus domínios, Asoka promoveu sobretudo o budismo."
"Quando subiu ao trono, o budismo era uma pequena religião local, popular apenas ao noroeste da Índia; quando de sua morte, tinha seguidores por toda a Índia, espalhando-se rapidamente pelos países vizinhos."

trechos tirado do Livro "As 100 Maiores Personalidades da História." de Michael H. Hart, Editora Difel, páginas 315 e 316.

Diz a história que Asoka também mandava promulgar editos em colunas de pedra por toda a Índia, ( alguns ainda existem) onde constava lições de Buda, sua própria biografia e normas para o bem viver social.
Enfim, vale a pena conhecer mais deste grande monarca oriental, talvez por isso não tão conhecido no ocidente, que conseguiu perceber o quanto um mandatáro pode influir na melhoria da educação, do bem estar e no aperfeiçoamento moral de seu povo. Claro que foi depois de muita matança que ele se deu conta de que a guerra não era o caminho ideal para a felicidade sua e de seu povo; mas tem que se levar em conta que esta época,  em trono de 270 a.C., as guerras eram uma constante em todo o mundo.
Valeu.



sábado, 4 de junho de 2011

temos muitas coisas ainda para descobrir sobre nossa história, vejam uma espécie de computador, incrivelmente datado de um período em que se pensava que esta tecnologia não existia

Máquina de Anticítera

Por Tiago Almeida

O conhecimento é volátil: pode evaporar sem deixar vestígios. Por sorte, às vezes sobra um pouco dele antes de desaparecer por completo. A máquina de Anticítera é uma prova concreta dessa afirmação.
Em 1902, foi encontrada uma máquina em uma embarcação afundada na ilha grega de Anticítera. Estudos indicam que essa máquina foi construída por volta de 100 a.C e afundou 35 anos depois.
A máquina é composta por pelo menos trinta rodas denteadas. Ainda não é clara a função de todas suas engrenagens. O que se sabe é que a máquina de Anticítera deve ter sido utilizada como uma espécie de calendário, prevendo eventos astronômicos (eclipses, por exemplo) e jogos pan-helênicos (como os de Nemeia e as Olimpíadas). Isso foi deduzido com ajuda das inscrições encontradas em seu corpo. Acredita-se que o mecanismo deve levar em conta em seus cálculos correções de movimentos da Terra com relação ao céu, como precessão e nutação.
O impressionante dessa história é que não se esperava que houvesse tecnologia para uma arquitetura tão elaborada pelo menos até mil anos depois da (suposta) construção dessa máquina. Máquinas sofisticadas como essa e construídas na Idade Antiga devem ter sido mantidas em segredo por políticos e militares da época, por isso não há outros registros dessa produção.
Quase cem anos de pesquisas no sentido de desvendar o mistério de todo o mecanismo de Anticítera não foram suficientes para conhecê-la por completo. Mesmo assim, não se sabe a quem creditar a invenção e montagem da máquina, o mais antigo computador que já se teve notítica. Sua descoberta pela civilização contemporânea foi um mero acaso: não fosse a busca por tesouros em embarcações afundadas, seríamos ainda mais ignorantes sobre a vida daqueles povos.
Isso mostra como não temos tanto controle sobre nosso mundo quanto pensamos. Por mais elaborado que seja nosso método científico (e por maior que seja nossa crença nele), somos incapazes de desvendarmos tudo o que se passou, assim como não temos como garantir que as civilizações futuras saberão o que acontece nos dias de hoje.
    Site da reportagem :  http://cafecomciencia.wordpress.com/2009/10/12/maquina-de-anticitera/